sexta-feira, 15 de maio de 2015

Cibele, a plantinha número um!!...






Não é no bebê que esse post começa. Esse é só um momento pré, essa imagem encontrei no final de semana passado. Perdi uma foto de infância, não está em lugar nenhum. No meio tempo até encontrar, porque tem que estar em algum lugar, revejo e seleciono mais algumas, como a do juntos no parque, enfim... 

A foto de introdução é, um prenúncio. 



~~ . ~~






Acho que a primeira coisa a dizer é que eu adoro essa imagem. Uma daquelas ideias que surgem do nada, e que depois te alegra por ter sido executada. Pedi para Aline, parceira de casa amarela, que morava no quarto gêmeo ao meu, e que foi cúmplice de muitas situações daquele período, parar o que estava fazendo e vir no solzinho de um dia lindo, fazer uma fotinho minha com a Cibele, que havia saído da UTI, a despeito de todas as expectativas, e rebrotado com muitos galhinhos, pronta para recomeçar. Foi sua segunda fase, o renascimento. Isso em 2009.

Cibele é o nome que eu dei para a samambaia que a amiga Adri me deu quando completei 29 anos, 2008. Ela sabia que eu gostava, sempre curti samambaias, e a que eu ganhei era abundante, uma das mais longas que eu já vi! Coloquei na varanda da casa, era sua fase primeira, a plena, de beleza e estética, mas precisava se ambientar com o ambiente, e comigo... foi complicado embora houvesse uma vontade mútua. 

Achei que a combinação varanda e plantas por si só já era perfeita.. punha água de vez em quando e blz. Mas ela foi, em um compacto, desbotando, perdendo o viço geral, amarelando, perdendo folhas.. mas não de uma hora para outra. Foi um processo lento, com indícios que não tinha muita percepção para decodificar. Havia um distanciamento, falta de entendimento do que a planta precisa, completa falta de experiência na relação, que não precisa ser de especialista, é, relação mesmo, estar presente, observar, interagir, fora alguns momentos de rega até esquecia que ela estava lá!

Bom.. do que já ouvi, algumas coisas li sobre samambaias, que quando eu era criança dizia salambaias, é que ela precisa de claridade, sem luz direta, no inverno regar menos, no verão regar mais, sem vento, e que ela adora água borrifada. Já ouvi que são muito sensíveis, e que não respondem bem a trocas de lugar e outras mãos fora o dono, e dizem para conversar com elas! Pesquisando pela internet vai ter uma sequência de fertilizantes, e dicas para pragas, tipo o mardito pulgão, mal do qual ela também já sofreu em outro período. Mas o que é que faz a diferença? O que funciona? Hoje em dia posso dizer que me falta técnica, naquela época entendo que faltava aceitação, assimilação, interação e relação, não digo que não tinha e sim que foi ganhando calor com o tempo e com as intempéries. Acho que sou devagar mesmo, essa coisa ressabiada, ..uma hora desvanece, que bom.

A terceira faze da Cibele, foi a da abundância, algo como início de 2012 o processo de reconstrução a levou a um excesso de si, como podemos perceber, o que me levou, a aprender um pouco mais, na prática, sobre o significado de rizoma!




Comprei um vaso desses de fibra de coco, dividi a Cibele em várias outras Cibelinhas. As menores de todas foram das heroínas que estavam saindo pelos furos debaixo do vaso. Esse foi um evento!!! Nesse meio tempo já havia me mudado da casa amarela, estava passando um tempo nos meus pais e todas as plantas que eu tinha se mudaram do córrego grande, para o pantanal .. a Cibele morava nesse pé lindo de aceroleira,  para depois se mudar para costeira do pirajubaé e finalmente voltar, inclusive, depois de muito tempo, a morar embaixo da mesma árvore... 






Algumas das mudinhas não foram para frente, nos mudamos, foi difícil manejar tudo e estar presente neste momento bebê. Outras estão lindas aqui, e em outras casas, acredito, mas depende também, coisa de momento, assim como as minhas, em processo de vida!







O pleno significado de um vaso que se esvai é uma planta sem terra rebentando de raízes saindo por todos os buracos. Era só o que era. Me sinto estranha ao pegar em raízes, assim como ao pegar minhocas na mão, mas em menor escala. Parece que estou segurando bicho vivo, quase uma vontade de jogar pro ar, mas como disse, já estou bem melhor =]..

Li num livro outro dia que as samambaias e avencas pertencem à divisão vegetal das Pteridophita, plantas que não produzem sementes e flores. Sua origem remonta a 200 milhões de anos atrás, e que muitas de suas famílias já desapareceram! Mas então, parece que na família Polypodiaceae é que estão os gêneros mais conhecidos, mais de 200 gêneros e cerca de 5000 espécies entre regiões tropicais e subtropicais. Então, aí só para localizar a Cibele faz parte do gênero Nephrolepsis, uns dos mais comuns que tem, e pode ser conhecida por "samambaia americana" tendo ainda, variações. Em outro lugar, já na internet, li que as samambaias foram bastante popularizadas na era vitoriana! Isso fiquei bem curiosa e pretendo pesquisar mais ...












E tcharammm, imaginem a felicidade dessa plantinha!!! Mais abaixo mostra como ficaram as Cibelinhas, na época. E a última imagem, dando um big salto de outras fazes mas é que realmente é uma história, por enquanto, sem fim e de muitas facetas, ... elas de volta ao mesmo local. 

Provisóriamente, como sempre, por mais definitivo que possa parecer! =Dx..






~.~ 2015 ~.~